O Google está suspendendo alguns serviços para smartphones fabricados pela Huawei, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, após um decreto do governo americano que, na prática, limita as operações da gigante chinesa de tecnologia nos Estados Unidos.
A Huawei, que recentemente ultrapassou a Apple como segunda maior fornecedora de smartphones do mundo e agora está atrás apenas da Samsung, depende do sistema operacional Android, do Google, para rodar seus aparelhos. Embora os telefones existentes devam continuar funcionando normalmente, os usuários podem perder algumas funções, de acordo com uma pessoa a par do assunto.
Separadamente, a Qualcomm, sediada em San Diego, Califórnia, suspendeu os envios para a Huawei de seus chips. Seus funcionários foram avisados a não se comunicarem com a empresa chinesa, segundo uma fonte.
Os chips da Qualcomm são usados em determinados modelos de smartphones da Huawei. A Huawei também projeta um grande número de seus próprios chips para telefones mais sofisticados.
Na semana passada, o Departamento de Comércio dos EUA anunciou que estava adicionando a Huawei a uma espécie de lista negra por motivos de segurança nacional, exigindo que empresas que exportam tecnologia americana para a empresa chinesa solicitem uma licença. O órgão indicou que as aplicações provavelmente serão negadas.
Um porta-voz do Google disse que a empresa está “cumprindo a ordem e analisando as implicações”. Ele acrescentou que muitas funções do Android continuarão funcionando normalmente, incluindo o acesso ao serviço de loja de aplicativos do Google Play e às proteções de segurança do Google Play Protect.
Pane evitada
Após a repercussão, o governo dos Estados Unidos diminuiu algumas restrições impostas na semana passada à chinesa Huawei, em um sinal de como as proibições da empresa de telecomunicações podem ter consequências de longo alcance.
O Departamento de Comércio dos EUA permitirá que a Huawei Technologies Co Ltd compre produtos fabricados nos Estados Unidos, a fim de manter as redes existentes e fornecer atualizações de software para os telefones da Huawei usados hoje no país.
A empresa, porém, ainda está proibida de comprar peças e componentes americanos para fabricar novos produtos sem a aprovação de licenças que provavelmente serão negadas. A reversão, que está em vigor por 90 dias, sugere que alterações na cadeia de suprimentos da Huawei podem ter consequências imediatas, de longo alcance e inesperadas.
“Parece que a intenção é limitar os impactos em pessoas que usam equipamentos ou sistemas da Huawei”, disse o advogado de Washington Kevin Wolf, ex-funcionário do Departamento de Comércio. “Eles estão tentando evitar apagões de rede”.
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