Fãs e críticos acharam um monte de problemas diferentes com Batman v Superman: A Origem da Justiça, mas uma coisa que todos parecem concordar é que o desempenho de Jesse Eisenberg como o vilão Lex Luthor foi, você sabe, muito ruim. Mas o que no seu desempenho arruinou o filme por completo? Aqui está um resumo livre de todos os pecados Eisenberg, muito menos “super-vilão” e mais “super-ruim.”
Exagerado…
Eisenberg tem sido excelente em praticamente todos os filmes em que estrelou. Você não precisa olhar mais longe do que A Rede Social pra saber que esse cara é bom. Então, com isso em mente, foi um pouco desanimador ver a sua amplamente questionada atuação como Luthor, que muitas vezes pareceu muito chamativo e histérico pra um filme bastante sombrio. Durante todo o filme, Eisenberg explode através de cada cena com o tipo de força esmagadora não vista desde Renee Zellweger em Cold Mountain.
… E, ainda assim, clichê
Veja: eu entendi aonde ele queria chegar com sua abordagem pro personagem. Afinal, ele está interpretando um vilão com graves problemas mentais. Mas cada gaguejo, cada tic pareceu muito calculado e clichê. O fato dos atores ao seu redor, muitos dos quais são respeitados e indicados ou vencedores do Oscar, terem adotado uma abordagem mais sutil não ajuda. Holly Hunter, por exemplo, cavou fundo num papel que poderia ter sido, de outra forma, uma valentona. Em última análise, no entanto, isso pode ser culpa do diretor Zack Snyder. É o diretor que dá ao ator as nuances, geralmente influenciando por completo no personagem.
O Coringa de Heath Ledger
Talvez porque A Origem da Justiça é, pelo menos, metade de um filme do Batman, talvez porque O Cavaleiro das Trevas tenha sido malditamente bom. Seja qual for o caso, foi difícil de assistir ao Eisenberg e não lembrar do Heath Ledger como o palhaço no clássico moderno de Christopher Nolan. Os padrões e maneirismos de fala de Eisenberg pareceram quase inteiramente tirados da atuação icônica de Ledger, até o ponto onde ele andou na linha cinza perigosa entre homenagem respeitosa e roubo fraco. Eu entendo porque Eisenberg poderia querer ir por esse caminho – afinal, Ledger ganhou um Oscar por sua atuação e subiu a exigência pra todos os super-vilões subsequentes. Ainda assim, a coisa toda parecia muito familiar. Pior ainda, ele só nos fez desejar estar em 2008, assistindo a’O Cavaleiro das Trevas nos cinemas pela sexta vez. Se Eisenberg tivesse uma opinião diferente sobre Luthor, o personagem e o filme em si poderiam ter sido mais frescos e originais. Em vez disso, tudo pareceu uma recauchutagem.
Imprevisibilidade Previsível
Claro, a maioria das histórias de super-heróis que envolvem vilões são previsíveis. Qualquer um que já leu um quadrinho ou viu um filme de quadrinho sabe que, no final, o vilão morre ou, pelo menos, acaba numa situação ruim. Isso coloca a pressão sobre o ator que interpreta o vilão pra nos distrair da conclusão inevitável ou arrancar nossas lágrimas. Infelizmente, o desempenho de Eisenberg passou longe de tudo isso. Ele bancou o palhaço e o script realmente não ajudou muito, de forma que o público foi capaz de identificar a trajetória de Lex Luthor desde o trailer.
Lex “Loser”
Você sabe que ele vai fazer uma entrada triunfal, você sabe que ele vai causar uma série de problemas e você certamente sabe que ele vai estragar tudo. O filme não adicionou qualquer substância, camada ou complexidade pra Luthor entre esses momentos e Eisenberg tornou impossível pro público se exercitar com ele em qualquer nível que seja. Nós não conseguimos temê-lo, não conseguimos nos relacionar com ele e não conseguimos nem rir com ele. Tudo o que podemos fazer é esperar pacientemente pro filme acabar e rezar pra que Liga da Justiça Parte 1 traga um vilão mais imprevisível ou interessante.
Lex Zuckerberg
Se você estiver indo pra Batman v Superman pensando que o conjunto completo de cabelo de Lex Luthor pode ser uma distração, pense novamente. O que realmente chama a atenção no filme: o guarda-roupa de Luthor. Em certas partes do filme, Luthor intercala entre jaleco, traje a rigor e até o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg – o que é hilário, considerando que Eisenberg interpretou Zuckerberg n’A Rede Social. Só faltou o capuz.
Socialite
Outras vezes, a combinação boba de terno e camiseta que ele usou muitas vezes fez Eisenberg parecer menos como o vilão de Metropolis e mais como socialite moderno. Socialites podem ser babacas, mas estão longe de serem vilões temidos. Eles são, no máximo, ridículos e/ou dignos de pena. Se era essa a intenção, funcionou.
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