Os jogos nem sempre são sérios. Somos todos pessoas legais. Nós gostamos de rir e nos divertir. Entendemos o charme de uma piada de peido bem-cronometrada. Mas estamos no meio de uma calamidade, talvez até mesmo uma catástrofe. Ou, devo dizer “gatastrofe”, uma vez que Catlateral Damage foi longe demais?
Foi legal quando era apenas Surgeon Simulator e até mesmo Goat Simulator não era tão ruim. Estes foram os primeiros do gênero “caixa de areia com personagens estranhos”. Eles eram bons, inclusive. Surgeon Simulator tinha objetivos reais, onde alguns poderiam eventualmente desenvolver habilidades que lhes permitam ser o melhor médico virtual do mundo. Goat Simulator tinha objetivos ocultos o suficiente pra ser hilário.
Mas agora, chegamos a um ponto onde os jogos estão ficando sem nenhum sentido. Estes sistemas devem estar em vigor apenas pro propósito de dizer “Ei! Você gostou do Goat Simulator! Agora, seja um gato! Ou um urso! Ou uma versão estranha de Gabe Newell!” Eu não estou brincando sobre esse último, diga-se de passagem. O nível de diversão é tão alto quanto o preço – R$ 6,29.
Os “simuladores de piadas” tomaram conta do mundo e não pra um bom propósito. Olhe no Steam, iTunes ou Google Play. Você vai ser inundado por experiências “únicas” ou aventuras “estranhas”. E algumas delas têm seus méritos. O desenvolvedor do Bear Simulador realmente tentou o seu melhor. Mesmo Catlateral Damage tem seus momentos. Mas então também temos jogos como AMPU-Tea, Cat Simulator, ou Grass Simulator e parece que a piada somos nós, jogadores.
A criatividade é uma coisa maravilhosa e não é ruim que existam estes jogos. Mas não tantos deles. Eles estão entupindo nossas distribuidoras digitais favoritas. Em vez de fazer progressos positivos pra novidades, estamos atolados numa moda de jogos ultrajantes e/ou bobos.
Entendemos. Ha ha. Foi engraçado por um tempo. E sim, nós conseguimos encontrar algumas pérolas por aí. Jogos como o Goat Simulator, Surgeon Simulator e I Am Bread são muito bons. Mas é hora de seguir em frente. Melhor, coisas maiores nos esperam, se estivermos dispostos a concordar coletivamente que o gênero “simulador de piadas” não é mais engraçado.
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