Parece que o diretor James Cameron tem alguma briga pessoal com o filme da Mulher-Maravilha. Anteriormente, ele afirmou que “todos os tapinhas nas costas de auto parabenização que Hollywood tem feito sobre Mulher-Maravilha foram tão equivocados”, comprando uma briga com a diretora da obra, Patty Jenkins, e com mulheres em todos os cantos do mundo. Mas a história não para por aqui.
Como polêmica nunca é demais, dessa vez o diretor retorna para afirmar novamente que uma das maiores obras de ação inspiradas nos quadrinhos e um dos exemplos mais marcantes do sucesso de uma produção realizada por uma mulher é apenas “um bom filme”, mas que não existiu nada realmente inovador em sua produção. Ao menos, foi o que ele disse ao THR:
“Quero dizer, ela era a ‘Senhorita Israel’, e ela estava usando uma espécie de roupa reveladora que era muito apropriada. Ela é absolutamente deslumbrante, linda. Para mim, isso não é algo inovador. Eles tinham a Raquel Welch fazendo coisas assim nos anos 60.
Foi tudo em um contexto para falar sobre por que a Sarah Connor — o que Linda [Hamilton] criou em 1991 — foi, se não algo antes do seu tempo, pelo menos um avanço. Eu não acho que estava realmente à frente de seu tempo porque ainda não estamos [dando às mulheres esses tipos de papéis].
Então, por mais que eu aplauda a Patty por ter dirigido esse filme, e Hollywood por, uh, “ter deixado” uma mulher dirigir uma importante obra de uma franquia de ação, eu não pensei que houvesse algo inovador no filme da Mulher-Maravilha. Achei que era um bom filme. Ponto.”
Assim, o debate continua. Respondendo ao que Cameron afirmou anteriormente, Patty disse que “A inabilidade de James Cameron em entender o que a Mulher-Maravilha é, ou o que ela representa (…) não é surpreendente, uma vez que ele, embora um grande cineasta, não é uma mulher”. Por enquanto, a diretora ainda não se pronunciou a respeito do novo comentário.
Mulher-Maravilha, que ganhará uma sequência em 2019, bateu o recorde de maior bilheteria de um longa-metragem dirigido por uma mulher. O longa também teve um feito respeitável, ao atrair um público 50% feminino nos Estados Unidos, enquanto filmes do mesmo estilo em geral têm mais ingressos vendidos para os homens. O lucro total da produção foi de mais de US$ 800 milhões em todo o mundo.
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